13 de setembro de 2017

Louco amor de fã - Sheila Lima Wing


Maria das Dores, ou Madori, é uma menina de apenas quinze anos, nem tão ansiosa por se enturmar com as irmãs, que são totalmente aficionadas por seus respectivos ídolos e, consequentemente, seu exato oposto. Mas isso não é tão fácil quanto parece, já que aparentemente ninguém compreende que a jovem prefira mil vezes estar em um biblioteca acompanhada de livros a se entregar a amores platônicos por pessoas desconhecidas, sendo assim, é um fardo ter que aguentá-las julgando cada mínimo movimento seu.
Eis que em um desses momentos em que não se tem nada para ler, nossa protagonista se depara com uma coluna em uma das revistas das irmãs, onde um misterioso escritor fala sobre sentimentos de uma forma tão profunda que Madori acaba se entregando ao que sempre lhe parecera tão distante de seu universo. O amor por Teo acaba saindo ainda maior do que a encomenda, e a jovem se vê entregue a um sentimento por alguém, não apenas desconhecido, mas tão misterioso que simplesmente não se acha informações concretas sobre sua vida. A perseguição das irmãs e a nova paixão que carrega seguem em seu coração, escondidas sob sete chaves. Sete anos se passam, e em sua nova vida as coisas estão começando a se encaixar, mas uma reviravolta do universo resolve que agora ela precisa proteger a melhor amiga de uma possível paixão malsucedida por seu ídolo.

Louco amor de fã é um romance fofo, sem exageros na medida do açúcar, sendo muito gostoso de saborear. Toda a narrativa seguiu uma linha saudosa, como se as páginas fosse uma homenagem à beleza que é se entregar a esse amor de fã. A autora tem uma escrita gostosa e cativante, além de ter retratado a adolescência da personagem principal de um jeito tão doce, mesmo em momentos não tão agradáveis, que a sensação de nostalgia permeou todo o livro.

8 de setembro de 2017

Leituras de Agosto

Oi oi, gente!
Rolou um pequeno atraso, mas o post com as leituras de agosto está aqui! Uma pena que esse último mês não tenha sido tão produtivo. Em compensação, gostei da maioria deles!



Os novos moradores - Francisco Azevedo (Resenha aqui)
Neste novo romance, Francisco Azevedo retoma o tema da família, que o consagrou no best-seller O Arroz de Palma O autor investe e se aprofunda no caráter intrínseco e universal das células familiares, que podem ser a de qualquer um – e aqui são duas, famílias vizinhas, morando em casas geminadas. O que se vive – e se supera – dentro delas é das mais belas e comoventes exposições da intimidade do ser humano e de um de seus pilares tão fundamentais quanto indesejados: os arquivos secretos, tramas que levam as pessoas, homem e mulher, pais e filhos, à opção pelo silêncio sob um mesmo teto. Espécie de romance de geração, cheio de grandes personagens, Os novos moradores trata da convivência e da compreensão do diverso por meio da escolha radical pelo diálogo e pela reflexão. Só assim a tragédia familiar dá lugar ao entendimento, e o amor entre indivíduos permite o desfecho ansiado: o do perdão. 


As duas torres - J. R. R. Tolkien
As Duas Torres é a segunda parte da grande obra de ficção fantástica de J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis.
É impossível transmitir ao novo leitor todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica, monstruosa, diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seus detalhes. 
A comitiva do Anel se divide. Frodo e Sam continuam a viagem, descendo sozinhos o grande Rio Anduin - mas não tão sozinhos assim, pois uma figura misteriosa segue todos os seus passos...

30 de agosto de 2017

[TAG] Signos Literários



Oi, gente!
Hoje vim trazer uma tag divertida que encontrei no blog Balaio de Babados (recomendo muito que conheçam, inclusive), e a criadora é a própria Luiza, dona do blog. Eu adoro essas coisas de signos, embora não acredite muito, mas acho interessante, e foi uma delícia associar personagens e astrologia.
Segue a tag, sem mais enrolações:

Áries ♈: Um personagem esquentadinho 
Pietro Martelli, de Romance em San Marino. Pietro já começa o livro mostrando suas garras, não dá nem pra se iludir. Não que isso o torne um personagem ruim, muito pelo contrário, Martelli me encantou muito ao longo da história.

Touro ♉: Um personagem comilão
Colin Bridgerton, da série Os Bridgertons. Essa, por acaso, foi a mesma resposta da Luiza, criadora da tag, mas é que simplesmente não pensei em outro personagem que tivesse o mesmo apetite intenso que o Colin.

Gêmeos ♊: Um personagem "bipolar" (que muda rápido de opinião)
Lilah MacDonald, de Eu sem você. Acho que essa foi uma das características mais difíceis de encontrar, dentre os personagens que lembrei. Por fim escolhi a Lilah porque ela ficou naquele velho dilema de aceitar ou não os sentimentos pelo Callum, por muito (muito!) tempo.

Câncer ♋: Um personagem sofredor
Adam, da trilogia Estilhaça-me. Li essa trilogia há algum tempo, mas lembro que Adam era, de longe, o personagem que tinha essa característica mais evidente.

13 de agosto de 2017

Jantar Secreto - Raphael Montes


Dante é um jovem vindo do interior do Paraná, mais especificamente de Pingo d’Água, recém-matriculado em uma universidade no Rio de Janeiro que, junto de mais três amigos, almeja iniciar uma nova vida. As coisas não estão fáceis para ninguém, e é uma grande sorte quando eles encontram o apartamento perfeito, e o mais importante, por um preço acessível. 
Os quatro amigos não poderiam ser mais diferentes. Dante, o narrador dessa história, estudante de administração, trabalha em uma livraria e controla seu sono a base de Rivotril. Hugo é dono de um ego tão alto que por vezes até irrita, e é também o aspirante a chef dos quatro. Leitão é um hacker que parece viver em um universo paralelo dentro de seu quarto, sempre fumando um cigarro de maconha e comendo pizza. Por último, mas tão importante quanto, temos Miguel, que faz medicina, e de longe é o mais centrado do grupo, prezando sempre pelo que é certo – o que não impede as atrocidades que estavam por vir. O Rio de Janeiro viveu seu ápice entre copa do mundo e olimpíadas, e agora os moradores veem seu declínio econômico da forma mais dura. E é claro que os quatro, já muito bem instalados, também começam a sofrer com isso. As contas chegam, o aluguel bate à porta, e seus empregos mostram-se medíocres demais para arcar com tudo. A ideia de iniciar jantares com experiências gastronômicas inusitadas vem em um arroubo de criatividade com base em um esquema já conhecido nos Estados Unidos, e que começa a ganhar força no Brasil. Com um quase chef em casa, nada melhor do que tentar entrar nesse mercado que promete dinheiro de um jeito, aparentemente, fácil.

Li outro dia no jornal sobre uma versão brasileira do DinnerWith. JantarSecreto.com. É pra qualquer pessoa com certo talento culinário que quer ganhar um dinheiro extra sem precisar abrir um restaurante. A ideia é fazer a ponte entre essas pessoas e outras dispostas a comer na casa de alguém desconhecido, numa espécie de aventura gastronômica.

A proposta é muito simples. Tendo alguém que sabe cozinhar tão bem, seria um ultraje se eles não aproveitassem a oportunidade. As funções de cada um são designadas sem protestos e por unanimidade, e é assim que os quatro amigos entram em um jogo muito mais intenso do que o esperado. O que começou como um simples meio de ganhar dinheiro e sanar as dívidas, se transforma em algo muito maior e mais perigoso do que nossa imaginação poderia alcançar.

2 de agosto de 2017

Leituras de Julho

Oi oi, galera!
Nesse último mês, entre férias atribuladas e maratonas literárias, até que li bastante coisa, e todos foram maravilhosas!



Participei (e estou participando ainda, porque foi prorrogada) da Maratona Literária de Inverno, organizada pelo Victor Almeida, do canal literário Geek Freak, fato que me ajudou a dar uma boa alavancada no fim do mês, apesar de não ter concluído minha ousada meta de nível intermediário, com seis livros. Mas enfim, esses foram os livros lidos:

1. Mestre das chamas - Joe Hill (Resenha feita para outro blog, clique aqui)

Ninguém sabe exatamente como nem onde começou. Uma pandemia global de combustão espontânea está se espalhando como rastilho de pólvora, e nenhuma pessoa está a salvo. Todos os infectados apresentam marcas pretas e douradas na pele e a qualquer momento podem irromper em chamas.
Nos Estados Unidos, uma cidade após outra cai em desgraça. O país está praticamente em ruínas, as autoridades parecem tão atônitas e confusas quanto a população e nada é capaz de controlar o surto.
O caos leva ao surgimento dos impiedosos esquadrões de cremação, patrulhas autodesignadas que saem às ruas e florestas para exterminar qualquer um que acreditem ser portador do vírus.
Em meio a esse filme de terror, a enfermeira Harper Grayson é abandonada pelo marido quando começa a apresentar os sintomas da doença e precisa fazer de tudo para proteger a si mesma e ao filho que espera.
Agora, a única pessoa que poderá salvá-la é o Bombeiro – um misterioso estranho capaz de controlar as chamas e que caminha pelas ruas de New Hampshire como um anjo da vingança.
Do aclamado autor de A estrada da noite, este livro é um retrato indelével de um mundo em colapso, uma análise sobre o efeito imprevisível do medo e as escolhas desesperadas que somos capazes de fazer para sobreviver.


2. Para educar crianças feministas - Chimamanda Ngozi Adichie (Resenha aqui)
Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos. Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.

3. Nossa música - Dani Atkins
Ally e Charlotte poderiam ter sido grandes amigas se David nunca tivesse entrado em suas vidas. Mas ele entrou e, depois de ser o primeiro grande amor (e também a primeira grande desilusão) de Ally, casou-se com Charlotte. 
Oito anos depois do último encontro, o que Ally menos deseja é rever o ex e sua bela esposa. Porém, o destino tem planos diferentes e, ao longo de uma noite decisiva, as duas mulheres se reencontram na sala de espera de um hospital, temendo pela vida de seus maridos. Diante de incertezas que achavam ter vencido, elas precisarão repensar antigas decisões e superar o passado para salvar aqueles que amam. 
Com a delicadeza tão presente em seus livros, Dani Atkins mais uma vez nos traz uma história de emoções à flor da pele, um drama familiar comovente que não deixará nenhum leitor indiferente.

25 de julho de 2017

Semana do autor nacional: Quarto de despejo

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Dando continuidade ao projeto em comemoração ao Dia Nacional do Escritor, venho com uma indicação que une tanto essa data quanto o Dia internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, que também é comemorado no dia de hoje. Para essa data especial trouxe o livro Quarto de despejo da autora Carolina Maria de Jesus. Carolina foi uma grande mulher que mesmo não tendo um alto nível de escolaridade, escreveu seu livro em forma de diário, e tivemos o prazer de tê-lo publicado, para que pudéssemos conhecer sua história de luta.


Segue a sinopse:
Quarto de Despejo é um diario. Escrito dia a dia. Caderno e mais caderno cheios pela letra de uma mulher. Recheados do cotidiano autêntico, vivido. A luta pela sobrevivência como ela é, em todos os "quartos de despejo" do mundo, à margem das grandes cidades. Quarto de Despejo é mais que isso. É reportagem, é romance, é história de um grupo humano em certa época do mundo. É a voz do povo, patética, lírica, sentimental, forte e inesquecível.
O duro cotidiano dos favelados ganha uma dimensão universal, na linguagem simples do diário de uma catadora de lixo.

Carolina foi uma grande guerreira, nascida por volta de 1914 (não se sabe dizer com exatidão), que faleceu no dia 13 de fevereiro de 1977, mas deixou um grande documento de sua vida na já extinta favela do Canindé, em São Paulo. A autora se referia ao local, como o quarto de despejo da grande cidade em que morava. Sendo o local tão próximo de onde moro, me senti tocada ao imaginar o que hoje vemos como a Marginal Tietê, mas que esconde tanta história sob seu asfalto.
Tudo tem início quando o repórter Audálio Dantas é designado para uma reportagem na favela localizada na beira do rio Tietê, e então conhece Carolina Maria e descobre nela uma mulher que, não só tem o que dizer, como não quer ficar calada.


... Aqui na favela quase todos lutam com dificuldades para viver. Mas quem manifesta o que sofre é só eu. E faço isto em prol dos outros

24 de julho de 2017

Semana do autor nacional: A Arma Escarlate

Oi, gente!

Na semana passada, passeando pela blogosfera, dei de cara com o Blog Livros e Ideias da Drica, e junto com ele veio o post maravilhoso (e que é a minha cara!) sobre o Dia Nacional do Escritor, que será amanhã, no dia 25 de julho! (No post ela conta direitinho como a comemoração surgiu. É só clicar aqui.)
A Drica sugeriu que, quem tivesse interesse, poderia se unir a ela e dedicar a semana para a divulgação da nossa literatura na atualidade, que é tão rica, mas muita gente ainda não descobriu. E é claro que eu não podia ficar de fora, né?! Segue então minha primeira indicação:


Esses são os dois primeiros livros da série A Arma Escarlate, que será composta de cinco livros e um spin-off. O primeiro exemplar, que recebe o nome da série, já foi resenhado no blog, e você pode conferir a resenha clicando aqui. (É um tanto antiga, mas assim que fizer uma releitura, trarei outra novinha)
Resumidamente, conta a história de escolas de bruxaria aqui no Brasil. Cada livro trará uma visão melhor de cada uma das cinco escolas brasileiras. Sim! A autora levou em consideração que nosso país é enorme, e uma única instituição não conseguiria comportar tantos alunos, logo, foram criadas cinco escolas, formando um pentagrama mágico, sendo uma em cada região. A escola do sudeste, foco do primeiro livro, é localizada no Rio de Janeiro, dentro do famoso Corcovado, e lá temos as mais maravilhosas demonstrações da cultura nacional, assim como os defeitos que infelizmente assolam o país, tudo isso em um universo mágico que foi muito bem construído pela Renata. A seguir, a sinopse: