5 de abril de 2016

Leituras de Março + O que estou lendo


Oi oi! Tudo bem com vocês?

É, eu sei, eu sei... Estou atrasada com esse post, mas tive uns imprevistos e peço desculpas. Mas vamos ao que interessa, né?! Ao contrário do mês de fevereiro, em março li bem pouquinho devido a falta de tempo. Mas foram boas leituras e isso que importa, não é mesmo?! Segue aí o que andei lendo, e o que comecei no mês passado.

1. A garota no trem - Paula Hawkins (Resenha aqui.)
Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d'água, pontes e aconchegantes casas.
Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida.
Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.

 2. Suicidas - Raphael Montes
Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar.


3. A contadora de filmes - Hernán Rivera Letelier
 
A história de A contadora de filmes parece singela: no final dos anos 50, Maria Margarita é a filha menor de uma família de mineiros, para quem a sessão de cinema dos domingos – única diversão do povoado – é ocasião para descobrir a última obra-prima de Chaplin, as tramas lacrimejantes dos filmes mexicanos, a saia esvoaçante de Marilyn Monroe ou as novas aventuras de John Wayne. Um acidente de trabalho sofrido pelo pai corta a renda familiar pela metade, e um só dos filhos será escolhido para ir ao cinema aos domingos. A missão é contar a história do filme para o resto da família. E, na espécie de concurso promovido pelo pai, Maria Margarita é quem se sai melhor e descobre o talento que tem para narrar.




Bom, as leituras foram essas, mas a novidade é que entrei em um projeto de leitura de It: A coisa do Stephen King, e queria compartilhar com vocês a experiência.

24 de março de 2016

Novidades literárias!


Oi oi, gente! Tudo bem com vocês?

Tem mais notícia boa no mercado editorial! Essa semana eu vim aqui contar do mais novo lançamento da DarkSide, previsto para abril. E hoje a notícia é de um dos meus livros preferidos, um romance policial nacional que tem chamado a atenção por aí. E se você pensou em O sorriso da hiena, está certíssimo. O meu queridinho, antes lançado de forma independente, ganhou o selo da Verus Editora! Sim, isso mesmo! Se você, como eu, leu mas não teve a oportunidade de comprar o livro físico, ou ainda não se aventurou nessa obra incrível, aguarde novas informações, porque é oficial, o autor Gustavo Ávila divulgou a novidade ontem em seu instagram! Preciso dizer que fiquei muito feliz? rs.

Se ainda não conhece o livro, segue a capa e a sinopse ;)


 
Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitável psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana. Porém, a proposta feita pelo misterioso David coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral.
Para saber se é uma pessoa má por ter presenciado o brutal assassinato dos seus pais quando tinha apenas oito anos, David planeja repetir com outras famílias o mesmo que aconteceu com a dele, dando a William a chance de acompanhar o crescimento das crianças órfãs e descobrir a influência desse trauma na vida delas.
Até onde ele será capaz de ir? É possível justificar um ato de crueldade quando, por trás dele, há a intenção de fazer o bem?

Se quiser saber com detalhes o que achei do livro, pode conferir na resenha postada aqui no blog, e deixa aí nos comentários se já leu e o que achou da experiência.

Kisoj e até a próxima!
Aline :D

22 de março de 2016

Vamos falar de lançamento?

Oi oi, gente! Como vocês estão?

Bom, hoje eu vim falar de uma coisa que todo mundo ama... Lançamento literário! E vamos abrir um parênteses porque é pra falar de mais uma edição da DarkSide, que promete ser tão maravilhosa quanto seus habituais trabalhos, rs. Desde que fiquei sabendo que eles lançariam The kiss of deception, fiquei super empolgada. O livro está tendo uma ótima crítica mundo afora, e saber que está pra chegar por aqui, é muito bom! Pra quem ainda não sabe do que estou falando, segue aí a capa  (nessa versão gif maravilhosa!) e um pouquinho sobre essa história que promete ser um sucesso aqui no Brasil também!

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Plante ilusões e você colherá do mundo grandes decepções


Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas – menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro?
Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante – o lugar perfeito para recomeçar – ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza.
O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida. Lia se encontrará perante traições e segredos que vão desvendar um novo mundo ao seu redor.
O romance de Mary E. Pearson evoca culturas do nosso mundo e as transpõe para a história de forma magnífica. Através de uma escrita apaixonante e uma convincente narrativa, o primeiro volume das Crônicas de Amor e Ódio é capaz de mudar a nossa concepção entre o bem e o mal e nos fazer repensar todos os estereótipos aos quais estamos condicionados. É um livro sobre a importância da autodescoberta, do amor, e como ele pode nos enganar. Às vezes, nossas mais belas lembranças são histórias distorcidas pelo tempo.


Esse é mais um livro pra integrar o Coleção DarkLove, e seu lançamento está previsto para Abril de 2016.


Eu mal posso esperar! E vocês, ficaram curiosos? Querem se aventurar em mais uma fantasia que promete ser um sucesso? Deixe aí nos comentários!


Kisoj e até a próxima!
Aline :D

18 de março de 2016

Os doze guardiões da luz - Luiz Henrique Batista

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Festival de primavera e há uma aparente paz em Gaia, é o início de mais um ano da Era dos Reis. Após um longo período de escuridão, a luz parece estar no auge de sua força. Mas talvez os doze guardiões estejam passando apenas por uma calmaria, e o inimigo está muito mais perto do que se imagina.

Os doze guardiões da luz traz para a ficção, os signos do zodíaco encarnados em deuses vivendo no mundo fantástico de Gaia. Com narrativa em terceira pessoa, e – nesse primeiro livro – um foco mais específico em Áries, o livro narra a jornada dos doze deuses depois que a escuridão fora dizimada desse mundo.
Durante uma tradicional festa de primavera, há o reencontro de grande parte dos guardiões. As comemorações seguem naturalmente, e há pouca preocupação com a segurança dos habitantes. Quem haveria de se intimidar tendo os maiores guardiões à vista?
Eis que durante o evento algo extremamente inesperado acontece; o terceiro guardião, Gêmeos, é encontrado ferido e seu estado é grave. Mas quem se atreveria a afrontar um deus? Quem teria capacidade e força para tal façanha? Talvez a resposta seja mais simples do que se imagina, porém mais macabra do que desejam descobrir. O ataque representa muito mais que uma afronta, já que a existência dos guardiões mantém de pé a barreira que afasta a escuridão do universo de Gaia.
Doze estrelas caíram em diferentes partes do mundo, dissipando a Escuridão. Corrompidos em corpo e espírito, os gigantes recuaram em massa rumo ao leste, para além da neblina. Os que permaneceram, descobriram que as estrelas vindas do céu tornaram-se homens e mulheres que lutariam por liberdade e justiça. Eram os Doze Guardiões da Luz, guerreiros imortais que trouxeram esperança aos povos oprimidos, dando fim à Era dos Gigantes e início à Era dos Reis.

Com detalhadas cenas de ação, o livro é uma fantasia maravilhosa, que mistura outros gêneros literários. Temos romance em um nível balanceado que traz harmonia à trama intensa, enquanto os momentos de mais movimentação são muito bem escritos pelo Luiz Henrique.

Todo o cenário em que a história é passada é também muito bem explicado, o enredo não tem falhas, e esse universo criado pelo autor, assim como seus personagens, são completos e esmiuçados para que não haja dúvidas, como por exemplo, das Eras sob as quais Gaia já esteve.

Os personagens foram muito bem criados e me identifiquei bastante com a guardiã do meu signo, apesar de ter me encantado pela personalidade da Aquário, que se tornou uma de minhas personagens preferidas (e quando descobri que foi inspirada na Joana D’Arc, fiquei ainda mais apaixonada, rs.). A premissa do livro já havia me instigado, mas depois de ler tive mais certeza que o autor não apenas cumpre o que promete mas supera expectativas também.
[...] guerras não são travadas por um bem maior. Um lado subjuga o outro para assegurar a própria sobrevivência, e apenas isso. O sangue do inimigo em vez do seu. Matar ou ser morto. Devorar ou ser devorado. Essa é a única lei que rege a todos os seres vivos!

O livro tem uma pegada medieval, com cavalheiros e tudo que esse universo nos dá direito. Se você gosta de histórias assim, é bem possível que se apaixone pelo enredo tanto quanto eu. E mais um dos pontos fortes é a inserção da amizade como um valor sempre presente na trama.
Recomendo a leitura por diversos motivos; esse é mais um daqueles livros que você quer ler, e ter com quem confabular teorias sobre sua continuação. Então se você já leu, ou ficou interessado, deixe aí nos comentários!

Avaliação: ★★★★★


Kisoj e até a próxima!
Aline :D




Página do livro no skoob, e no facebook (onde você pode adquirir um exemplar autografado e com marcador, direto com o autor).

16 de março de 2016

A garota no trem - Paula Hawkins

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Nossa garota no trem é Rachel, e todos as manhãs, sempre no mesmo horário, a personagem usa esse meio de transporte com destino a Londres, e no fim da tarde, volta para casa. Nesse percurso, Rach passa por inúmeras residências, mas uma, dentre todas as outras, chama sua atenção. Quando o trem para no semáforo, ela inventa histórias para os dois moradores da casa, os quais coloca o nome de Jason e Jess. Torna-se um hábito observar o “casal perfeito” sempre que consegue.
Certo dia, seguindo seu ritmo natural, nossa protagonista vê uma cena um tanto inusitada. A suposta Jess não está com Jason mas intimamente acompanhada de um misterioso homem, que Rachel supõe ser um amante. Por ter vivido experiência parecida, Rachel se compadece do cônjuge e começa a pensar na possibilidade de revelar o segredo da suposta Jess. Mas como explicar que ela é uma stalker com problemas alcoólicos? É quando mais uma surpresa acontece na vida de Rachel, e ela descobre um misterioso desaparecimento na região de Witney, lugar onde está localizada, não só a antiga casa em que morara com o marido, mas também a casa do casal que observa todos os dias. E qual não é sua surpresa, quando vê a foto da pessoa desaparecida, e ela nada mais é do que Jess, que na verdade chama-se Megan e é casada com Scott Hipwell. Sua fantasia sobre a vida do casal cai por terra, e Rachel se depara com um fato: houve um crime, e na noite anterior, ela testemunhou uma traição conjugal. Qual seu papel diante dessa realidade? Como contar isso a polícia?

A partir dessa premissa o livro tem andamento e temos uma narrativa em primeira pessoa, intercalada entre três personagens femininas. Em determinada passagem de tempo, somos levados sob a visão de Megan Hipwell, enquanto que alguns meses a frente dos fatos, quem narra é Rachel, entrementes com Anna, esposa de Tom Watson, que é ex-marido da protagonista. Como citado, as duas últimas personagens, têm suas vidas entrelaçadas, enquanto logo no início da história, descobrimos que Megan também está presente na vida da família de Anna.
Talvez soe um pouco confuso, mas a narrativa da Paula é bem centrada no cotidiano das três mulheres, e assim não nos sentimos perdidos durante o livro.

Cada personagem possui suas peculiaridades, Rachel está em um claro estágio de depressão, além de possuir problemas com álcool. Por esse não ser o foco do livro, suas ações foram interpretadas de diversas formas pelos leitores de A garota no trem, e mesmo sendo contra muitas das coisas que a protagonista fez, considero que em alguns momentos, era esse lado da depressão e até do álcool, falando mais alto. O que, repito, não faz com que eu concorde com algumas escolhas erradas que Rachel fez ao longo da investigação a qual foi submetida.
Mas acabei me tornando uma pessoa triste, e a tristeza cansa depois de um tempo, tanto para quem está triste como para todo mundo em volta.

A trama toda é bem envolvente e o thriller cumpre o que promete ao te deixar extremamente intrigado por quase todo o livro. Não tive uma grande conexão com o enredo, e por isso demorei bem mais que o normal para termina-lo, mas não considero que tenha sido um livro ruim.
Como cheguei a esse ponto? Fico me perguntando quando foi o início da minha decadência; me pergunto em que momento eu poderia tê-la interrompido. Onde foi que peguei o caminho errado?

A garota no trem é um bom thriller psicológico, com um enredo envolvente que atiça sua curiosidade. Ao longo da história fui criando teorias sobre os acontecimentos e me aproximei muito do resultado final, o que tirou um pouco da surpresa. Continuo, no entanto, recomendo a leitura. Gostei de como a Paula guiou a história de Rachel de tal forma que, por vezes, sentíamos bem suas angústias e medos. Ouvi e vi várias críticas negativas sobre esse livro (concordo em partes com algumas), e espero que quem não leu ainda, possa ler e vir comentar comigo, para trocarmos opiniões. Assim como os que já leram ;)

Avaliação: ★★★★


Livro no skoob.


Kisoj e até a próxima!
Aline :D






Esse livro foi uma escolha para o projeto de Leitura Coletiva, organizado pelo Instagram literário Olhar Literário.

4 de março de 2016

Lobo de rua - Jana P. Bianchi

Lobo de rua

Hoje eu vim falar de mais um livro fantástico da nossa literatura nacional. Lobo de rua é um prelúdio para a série A Galeria Creta (ainda não lançada) de Jana P. Bianchi.
O livro teve seu lançamento de forma independente em 2015, e conta a história de Raul, um jovem que vive nas ruas de São Paulo, e que de repente passa a sentir estranhos incômodos físicos. Seu problema? O jovem é portador da licantropia, que agora está se manifestando. Espasmos de dor, manifestação de uma ferida sem que houvesse se machucado, pressão no maxilar... Esses são só alguns dos males que lhe afeta nas noites de lua cheia, mas o pior é sentir que algo violento e selvagem está aprisionado dentro de si, e ele nada pode fazer.
Em sua primeira noite como um lobisomem, não fazia ideia do que estava acontecendo, mas atraiu a atenção de Tito Agnelli, um senhor italiano também portador da licantropia, que lhe acolhera com carinho, sem se preocupar com a vida que Raul levava.
Tito entende tudo sobre sua maldição – como costuma chamar – e passa todo seu conhecimento para o jovem que lhe despertara a compaixão.
O garoto sentiu uma súbita vontade de chorar. Engoliu o ímpeto imediatamente, acostumado pela vida nas ruas a nunca demonstrar fraqueza. Franziu mais as sobrancelhas.
- Como? – perguntou, sem saber exatamente o que queria ouvir.
Tito suspirou.
- Você foi contaminado, filho – sentenciou, sério. – Agora, é um lobisomem.

A partir daí Lobo de rua começa a se desenvolver ainda mais, e somos apresentados a esse universo fantástico que acontece dentro de nossa própria realidade. A narrativa de Jana é forte, detalhista e em alguns momentos até bem chocante.
Por ter essa característica de iniciação no mundo da Galeria Creta, o livro, em certos momentos, dá a impressão de ser uma grande apresentação, ou prólogo, para algo ainda maior. O que é definitivamente um ponto positivo, porque atiça a curiosidade e faz com que desejemos não apenas chegar ao final, mas ler o restante da série também.

Vamos aos personagens principais. Mesmo contando com poucas páginas, captamos a essência dos dois personagens que estão em foco nesse livro. Raul é apenas um jovem maltratado pela vida, com seus próprios traumas e inseguranças. Com uma personalidade quase arisca, o jovem desperta não só a piedade de Tito, como a do leitor também. É um personagem extremamente real em sua situação de vida, mesmo dentro de uma fantasia.
Tito Agnelli também possui um jeito meio calejado por se encontrar há anos na condição de lobisomem. Com ares um tanto paternais pelo jovem protagonista, o italiano cativa nosso carinho desde sua primeira aparição. Mesmo que as vezes seja um pouco explosivo, Tito transmite uma confiança, e força sem tamanho ao longo do enredo.
Coadjuvantes vão surgindo, e também nos deixam intrigados, querendo saber mais sobre a história. Como por exemplo, a cigana Soraia que chama atenção nos poucos momentos que aparece.

Lobo de rua é intenso, real dentro de sua fantasia, e muito cativante. Recomendo, e estou bem ansiosa para a continuação! Espero que tenham a oportunidade de ler. E venham me contar o que acharam! ;)

Livro no skoob.
Kisoj e até a próxima!
Aline :D

1 de março de 2016

Leituras do mês de Fevereiro

E aí, pessoal?! Como vocês estão?

O mês mais curto do ano chegou ao fim, então vim aqui falar das leituras que fiz ;) Foi um mês bem produtivo, li 10 livros (alguns bem curtinhos, quero deixar claro rs.). Segue a lista, em ordem de leitura:

1. Os dois mundos de Astrid Jones - A. S. King (Você encontra a resenha aqui.)
Os dois mundos de Astrid Jones
O livro conta a história de Astrid, uma adolescente normal que ama filosofia, trabalha, tem amigos, e nas horas vagas envia amor para os passageiros dos aviões que sobrevoam a pequena cidade de Unity Valley.
Um Jovem adulto diferente do convencional, que lida com questões atuais, a colocação de rótulos em nossas vidas, e insere filosofia de uma forma leve e prazerosa.

 

2. O sorriso da hiena - Gustavo Ávila (Você encontra a resenha aqui.)
O sorriso da hiena


Esse foi, com certeza, o melhor livro que li esse mês! Um thriller nacional realmente apaixonante. Um casal é brutalmente assassinado, e o filho é obrigado a assistir cada detalhe, sendo deixado vivo após tal ato. Vinte e quatro anos se passam, e David começa a repetir o que viu o quando criança, matando casais pela cidade mantendo o mesmo modus operandi que seu algoz utilizou. Em contrapartida temos William, um psicólogo infantil que foi designado pela polícia para cuidar das crianças envolvidas nos casos. Suas histórias se cruzam através de uma proposta macabra, e questionamentos sobre bem e mal surgem de forma espetacular na trama.


3. A garota do lago - Livro 1 - Marcio Ardenghe D. Pere
A garota do lago

Um conto de terror, com foco na história de Christian, um jovem de pouco mais de vinte anos, que tem uma surpresa um tanto desagradável quando resolve ir a casa de campo de um dos amigos. Casa esta que há alguns anos sua irmã morrera.
Muito rápido de ler, A garota do lago é um nacional cheio de mistério e que te deixa curioso com o que pode acontecer até o final da série.

 

4. Louis e Noémie - Um (a)caso de amor em Paris - Giulia Mancini
Louis e Noémie - Um (a)caso de amor em Paris


Um romance que se passa em Paris, onde duas pessoas vivendo vidas opostas se encontram, e começam a trocar experiências. Mas o destino as afasta de forma inesperada, e anos depois as une sob as mesmas circunstâncias. Louis e Noémie agora vivem situações totalmente diferentes e estão bem mais maduros, mas parece que nem tudo está perdido para o casal. Delicada e leve, a história flui rápido, e não é possível largá-lo até que chegue ao final.

5. O Iluminado - Stephen King
O Iluminado
Após perder mais um emprego graças a seu temperamento quase incontrolável, Jack Torrance tem a oportunidade de se tornar zelador do Hotel Overlook. Parece perfeito para a família Torrance que já não está podendo recusar ofertas de emprego. Mas o filho do casal, Danny, não é uma criança comum, ele é iluminado. E isso se mostra muito arriscado quando eles descobrem da pior maneira, que o Overlook não é um hotel comum.

29 de fevereiro de 2016

Escuridão total sem estrelas - Stephen King

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Os defeitos humanos em suas formas mais perversas.
Falar de Stephen King é difícil, seus livros tem me cativado gradativamente, e a cada mês quero ler algo mais sobre ele. O livro da vez é composto por quatro contos e foi lançado no ano de 2015 pela editora Suma das letras. Com quase 400 páginas, Escuridão total sem estrelas traz emoções humanas, tratadas de uma maneira que assusta, mas ainda real.

1922
Ambição. O conto começa com uma carta de confissão de Wilfred James. O crime? Assassinato da esposa. Além disso carrega consigo a culpa de ter levado o filho a ajuda-lo em tal feito. Persuadindo e jogando com seus maiores medo, Wilfred faz com que Hank se volte contra a própria mãe e ajude a assassiná-la.
O enredo dessa primeira história gira entorno dos fatos que antecedem e o que aconteceu depois da morte de Arlette James. Stephen é minucioso em seus detalhes, e o conto de pouco mais de 140 páginas, é o meu preferido dentre os quatro. Com um final surpreendente e ao mesmo tempo perturbador, 1922 mostra do que o ser humano é capaz pelo poder aquisitivo.

Gigante do volante
Até onde você iria por vingança? Tess é uma autora de livros de mistério, e com frequência dá palestras em livrarias e faz noites de autógrafos para seus fãs mais dedicados. Em um desses típicos dias de viagens automotivas para ir e voltar de seus compromissos, Tess é abordada por um misterioso homem, e estuprada, sendo deixada à própria sorte para morrer em um córrego qualquer. Mas talvez aquele não fosse “seu dia” e a autora sobrevive e une forças para voltar para casa. Agora ela tem uma ideia de quem fez isso, e sabe que pode ir a fundo para conseguir sua vingança. Tess elabora um plano, e segue à risca suas próprias coordenadas para chegar não só em seu algoz, mas todos os que estiveram envolvidos.
As 116 páginas que compõem o conto, fazem dele uma narrativa rápida, mas com cenas detalhadas, e com um forte peso emocional. Gigante do volante é uma história de um lado humano que todos têm, mas está escondido em algum lugar dentro de cada um.

Extensão justa
A inveja é mesmo capaz de destruir a vida de alguém? Dave Streeter tem uma vida conturbada, e recentemente descobriu um câncer em estado avançado. As coisas vão de mal a pior, e tudo que ele quer é se livrar desse carma. Mas será que ele faria realmente tudo para conseguir o que quer? Em uma saída de carro, passando por uma rodovia, Dave se depara com uma barraca armada, e um homem sentado em uma cadeira simples, assistindo a uma TV portátil. Vendo a placa a sua frente “EXTENSÃO JUSTA. PREÇO JUSTO.”, algo lhe atiça a curiosidade e ele segue até o homem. Uma conversa estranha tem início, e uma proposta é feita. O preço não é tão justo quanto soa, mas embriago pela possibilidade de ver sua vida mudar, Streeter não tem muita dificuldade em fazer um acordo sombrio, mesmo que para isso tenha que usar um velho conhecido, que Dave julga ser mais abastado.
Extensão justa é o conto mais curto do livro, mas repleto do mistério sombrio que é característico do autor. O enredo flui de forma rápida, e sentimos a força da narrativa de King em cada página virada. Somos levados a questionar a capacidade humana de sentir um nível doentio de inveja.

Um bom casamento
Um casamento que já dura vinte anos parece caminhar muito próximo da perfeição, mas não é o que a caixa encontrada por Darcy Anderson diz. Em mais um dia normal de sua vida, o qual seu marido está viajando, Darcy vai até a garagem, e encontra o temido destino de seu relacionamento perfeito com o cônjuge.
O último conto mostra o dilema de uma mulher que acaba de descobrir um lado sombrio do homem que conviveu por anos com ela. Não é um segredo simples, não é uma traição, envolve a maldade em sua forma mais perturbadora e sem escrúpulos. Bob não é quem ela pensou que fosse.
O que você faria se estivesse nessa situação? Caberia a você escolher a sentença? Se sim, qual seria seu veredito? As respostas variam, e Stephen traz um ótimo desfecho não só a essa história, mas ao livro de uma forma geral.

Escuridão total sem estrelas foi o primeiro contato que tive com Stephen King, e recomendo muito caso esteja querendo começar a ler livros dele, e não sabe por onde iniciar a experiência. Devo dizer que me apaixonei pela escrita maravilhosa de King, e não tive do que reclamar nessa obra incrível.

Avaliação: ★★★★★


Livro no skoob.


Kisoj e até a próxima!
Aline :D

26 de fevereiro de 2016

Olho grego - Paulo Sérgio Moraes

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Tendo saído do seminário, e em busca de um recomeço, Heitor percorre as ruas de São Paulo, buscando não só um emprego, como um lar para iniciar uma nova fase em sua vida. Nessas andanças diárias, vê uma jovem distraída, e seus instintos o levam a salvá-la de um atropelamento. A garota no entanto não está sozinha mas acompanhada do irmão, e esse é o primeiro contato de Heitor com os irmãos Fred e Ísis. A vida os leva a se encontrar outra vez, porém de forma definitiva, os aproximando a cada dia mais.

Heitor é um rapaz fechado e um tanto misterioso com relação ao seu passado. Vive se martirizando por seus erros e rememorando-os. Fred por sua vez, é espontâneo e alegre, mesmo ante seu problema renal, vivendo a vida no limite. Enquanto sua irmã mais nova Ísis busca abrigo e companhia nos livros, seus maiores aliados.

Com essa premissa o livro se inicia, e o autor nos apresenta uma ótima narrativa em primeira pessoa, que consegue nos inserir nos mais íntimos pensamentos de Heitor. E para que a experiência ficasse ainda mais completa, Paulo Sérgio trouxe uma inovação muito interessante. Logo no início do livro, há uma nota em que diz que foi feita uma playlist musical para que entremos no clima da leitura. E a cada cena em que uma dessas músicas aparecem, há uma notinha na página (foto abaixo). Preciso dizer que adorei? Sou adepta da leitura e da música em conjunto, e ter uma playlist feita pelo próprio autor? Achei incrível! Em certos momentos isso realmente me ajudou a ficar ainda mais inserida na cena, e ter sensações realmente novas.

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E as surpresas do livro não param por aí, em determinado momento da história, algo inesperado acontece e Heitor tem que quebrar suas próprios barreiras, e provar a todos, inclusive a si mesmo, sua inocência.
Maldito tempo capaz de fazer da proteção uma ameaça, transformar o amor em revolta, conduzir o desejo à insanidade, manchar a pureza com sangue e de acordar nossos demônios interiores!

Em meio a esses conflitos, algo inesperado para o “durão” Heitor acontece, e ele precisa lidar com o tão temido sentimento por qual todos nós um dia passamos... o amor. Suas experiências de vida até então, foram marcadas por tragédias e momentos ruins, mas é inevitável lidar com o desconhecido.
Muitas vezes reneguei oportunidades de ser feliz por não considerar que precisava ou merecia. Contudo, consegui perceber que os sentimentos estão acima da nossa vontade e capacidade de sentir. Simplesmente somos afetados.

Temos ainda os personagens de Olho Grego que me chamaram a atenção, não apenas por serem bem criados, mas também pela forma marcante com que são inseridos no livro, e o peso que carregam no mesmo. É difícil não se apaixonar por seus dilemas e mistérios de vida. Mesmo os secundários, aqueles que apareceram em poucos momentos, deixaram marcas especiais durante a leitura. Um ótimo exemplo é Edgar, que com seu jeito simples me cativou imensamente, sendo um dos meus personagens favoritos.

Olho Grego é com certeza um grande livro, cheio de reviravoltas, questionamentos interessantes sobre as coisas ao nosso redor e com uma trama bem amarrada. Um romance urbano maravilhoso e surpreendente que recomendo a todos! Tendo conhecido o trabalho do Paulo em Condicional (e gostado muito!), posso dizer que me tornei uma grande fã de suas histórias. Espero que tenham a oportunidade de ler esse livro incrível e terem a grande experiência que tive.

Avaliação: ★★★★★


Livro no skoob. Site do autor.


Kisoj e até a próxima!
Aline :D


 

 

23 de fevereiro de 2016

O sorriso da hiena - Gustavo Ávila

O sorriso da hiena

Um assassinato brutal. Uma criança deixada como testemunha. Duas mortes assustadoramente reais. O que faz do ser humano um monstro? Quem, dentre nós, é bom? Qual o verdadeiro conceito de fazer o bem?
Após presenciar o assassinato dos pais, uma criança de oito anos é deixada como testemunha, e talvez tenha sido a maior vítima do crime. Traumatizado pela barbárie que fora obrigado a ver, vinte e quatro anos depois, David decide que precisa saber se uma pessoa é capaz de tornar-se má, por passar pelo mesmo que ele na infância.
Uma série de assassinatos idênticos ao fato ocorrido há mais de duas décadas, começa a acontecer, e logo um psicólogo é envolvido para que possa acompanhar as crianças sobreviventes. Willian é formado em psicologia, e trabalha diretamente com crianças. Seu objetivo sempre fora saber onde a maldade humana começa. E é então que uma proposta surge, e Willian passa a questionar seus princípios morais, éticos, e a sociedade em que vivemos.
Como todos nascemos com necessidades a serem supridas, seria impossível viver em um mundo sem o limite da consciência, sem as limitações da moral.

A criação de personagens me encantou desde o início quando me deparei com o detetive Artur e sua singularidade, a síndrome de Asperger. Sempre quis encontrar um livro em que algum personagem tivesse a síndrome (aceito sugestões nos comentários, rs.), então fiquei ainda mais instigada quando descobri. Não só Artur, mas cada personagem nesse livro, é muito bem criado, e são perfeitamente humanos. Inseguranças, dúvidas, certezas... tudo é muito realista.

Com uma trama cheia de mistérios, personagens bem estruturados, e situações críveis, Gustavo Ávila nos presenteia com uma obra completa, onde cada fato conta para o desfecho final. Um romance policial carregado de tensão, e detalhado em suas descrições. Preciso falar também dos diálogos entre os personagens. Fiquei encantada! Cada palavra tinha um propósito, e eu os lia com mais avidez a cada página.
- O mal nada mais é do que um buraco que quer desesperadamente ser preenchido, detetive.

Só posso dizer que recomendo e muito esse livro! O sorriso da hiena é muito bem escrito, repleto de características marcantes, além de possuir um enredo que te prende do início ao fim. Com a premissa já citada, o livro promete um enredo carregado de ação e questionamentos morais. E Ávila não só cumpre com o prometido, como surpreende em cada detalhe.

Avaliação: ★★★★★


Livro no skoob.


Kisoj e até a próxima!
Aline :D



 

4 de fevereiro de 2016

Os dois mundos de Astrid Jones - A. S. King

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Astrid Jones veio de Nova York para a pequena cidade de Unity Valley, e desde então sua vida tomou um rumo totalmente diferente do esperado. As fofocas, os comentários e a indiscrição dos moradores locais, parecem lhe incomodar cada vez mais. Em meio a esse desconforto, Astrid ainda tem que lidar com relações nada amorosas com seus pais, mais especificamente sua mãe, que não esconde a preferência pela irmã. Seu conforto, no entanto, encontra-se em se deitar na mesa de piquenique que fez com o pai, e enviar seu amor aos aviões que passam constantemente pelo céu de Unity Valley.
Certo dia a jovem decide que vai enfim trocar as aulas de Trigonometria pela tão amada Filosofia. E é quando o enredo da história torna-se ainda mais amável. A forma como King intercala cenas na sala de aula e a vida da protagonista fora da escola, com seus amigos e família, é maravilhosa.

Astrid tem que lidar com segredos de seus dois melhores amigos, que confiaram apenas nela para guarda-los. Levar consigo parte de outras duas pessoas se mostra mais difícil quando suas próprias dúvidas surgem, e questionamentos sobre sexualidade e futuro começam a lhe atormentar. Conhecer Dee Roberts abalou ainda mais as estruturas do mundo em que vive, e Astrid começa a se perguntar qual é, e à quem importa, a verdade em sua vida e das pessoas ao seu redor.
O que importa é encontrar a verdade sobre nossas próprias vidas, não se importar sobre o que as pessoas pensam que é a verdade sobre nós.

Assim que minha amiga Camila me indicou a obra, me encantei pela premissa, mas não imaginava que as coisas pudessem melhorar. Um livro Jovem Adulto como há muito não via, que cativa em cada personagem, desde a criação dos mesmos ao contexto em que vivem. Um enredo bem estruturado, que intercala pensamentos de grandes filósofos e a vida de uma adolescente em uma cidade pequena.
Em certas partes a história é intercalada com pensamentos dos passageiros que recebem o amor de Astrid, e esse foi um dos grandes momentos do livro – os quais me deixaram com um sorriso de satisfação no rosto.
As aulas de filosofia, e todo o peso que elas tinham na vida da protagonista, também foi de grande importância e deu ao livro uma peculiaridade incrível. Os paralelos que a protagonista fazia com a realidade em que estava inserida, deram um ar ainda mais cativante a história.
Como podemos dizer que ninguém é perfeito se não há perfeito a ser comparado? A perfeição implica em haver de fato um jeito certo e um errado de ser. E que tipo de perfeição é a melhor? Perfeição moral? Estética? Psicológica? Mental?

Repleto de grandes questionamentos, e com temas atuais que aflige inúmeros jovens, Os dois mundos de Astrid Jones é um daqueles livros apaixonantes, que você não consegue parar de ler. Me apaixonei pela forma sincera que A. S. King escreve e quero ler mais livros dela em breve. A autora faz com que pensemos de fato no que acontece ao nosso redor e nos brinda com situações passíveis de acontecer a nossa volta, e personagens reais em seus medos, anseios e dúvidas.
Recomendo muito a leitura, e indico não apenas àqueles que já são adeptos de livros Jovem adulto, mas aqueles que querem se aventurar nesse universo.

Avaliação: ★★★★★


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Kisoj e até a próxima!
Aline :D

2 de fevereiro de 2016

Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo - Benjamin Alire Sáenz

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“- Posso ensinar você a nadar.”
E assim uma história de sonhos e descobertas sobre o mundo adulto se inicia. Duas personalidades distintas buscando um mesmo fim: a descoberta dos segredos do universo.
Aposto que às vezes é possível desvendar todos os mistérios do Universo na mão de uma pessoa.

O início é singelo e pode parecer comum, mas quando viramos as páginas percebemos que a intenção de Benjamin ao nos apresentar seus dois maravilhosos personagens, é muito maior do que simplesmente escrever um livro para os jovens. De forma suave, com capítulos curtos e bem escritos, somos guiados para o nosso próprio universo, porém na visão de uma dupla de jovens tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo.
Dante mostra-se um rapaz decidido que mesmo ante a ânsia de descobrir o que o mundo lhe reserva, sabe o que quer. Enquanto Aristóteles vive à sombra de um irmão que mais lhe parece uma lembrança distante, e de suas próprias inseguranças. Ari, como gosta de ser chamado, tem de lidar com as barreiras que seus pais construíram envolta de determinadas memórias, e sua construção social. O encontro de tais personalidades traz questionamentos atuais e dúvidas pertinentes a inúmeros jovens.
Narrado com singeleza e pelo ponto de vista de Aristóteles, temos contato com seus medos, suas inseguranças e vemos a transformação que o personagem sofre ao longo da história. A evolução em seus sentimentos e em sua forma de pensar, é nítida a cada linha, e em certos momentos sentia-me dentro da história.
Outro segredo do Universo: às vezes, a dor era como uma tempestade que vinha do nada. A mais clara manhã de verão podia acabar em temporal. Podia acabar em raios e trovões.

As cenas são bem descritas e os personagens bem criados. O foco é mantido em nossos dois protagonistas, mas alguns dos coadjuvantes também me marcaram, mesmo que não aparecessem com a mesma frequência. Os dilemas familiares, as fases da vida pela quais todos passamos, e a leveza com que tudo isso é abordado, torna o livro ainda mais único. A cada capítulo é possível fazer descobertas junto com Ari e Dante, e não há pontas soltas no enredo. A escrita de Sáenz é extremamente prazerosa e é difícil deixar o livro de lado até que acabe.
Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo, é com certeza um dos livros mais sensíveis que já li. A intensidade das cenas vividas é arrebatadora e cativante. Recomendo muito a obra, e espero que vocês se deliciem nela tanto quanto eu.

Avaliação: ★★★★★


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Kisoj e até a próxima!
Aline :D




Esse livro foi uma escolha para o projeto de Leitura Coletiva, organizado pelo Instagram literário Olhar Literário.