16 de março de 2016

A garota no trem - Paula Hawkins

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Nossa garota no trem é Rachel, e todos as manhãs, sempre no mesmo horário, a personagem usa esse meio de transporte com destino a Londres, e no fim da tarde, volta para casa. Nesse percurso, Rach passa por inúmeras residências, mas uma, dentre todas as outras, chama sua atenção. Quando o trem para no semáforo, ela inventa histórias para os dois moradores da casa, os quais coloca o nome de Jason e Jess. Torna-se um hábito observar o “casal perfeito” sempre que consegue.
Certo dia, seguindo seu ritmo natural, nossa protagonista vê uma cena um tanto inusitada. A suposta Jess não está com Jason mas intimamente acompanhada de um misterioso homem, que Rachel supõe ser um amante. Por ter vivido experiência parecida, Rachel se compadece do cônjuge e começa a pensar na possibilidade de revelar o segredo da suposta Jess. Mas como explicar que ela é uma stalker com problemas alcoólicos? É quando mais uma surpresa acontece na vida de Rachel, e ela descobre um misterioso desaparecimento na região de Witney, lugar onde está localizada, não só a antiga casa em que morara com o marido, mas também a casa do casal que observa todos os dias. E qual não é sua surpresa, quando vê a foto da pessoa desaparecida, e ela nada mais é do que Jess, que na verdade chama-se Megan e é casada com Scott Hipwell. Sua fantasia sobre a vida do casal cai por terra, e Rachel se depara com um fato: houve um crime, e na noite anterior, ela testemunhou uma traição conjugal. Qual seu papel diante dessa realidade? Como contar isso a polícia?

A partir dessa premissa o livro tem andamento e temos uma narrativa em primeira pessoa, intercalada entre três personagens femininas. Em determinada passagem de tempo, somos levados sob a visão de Megan Hipwell, enquanto que alguns meses a frente dos fatos, quem narra é Rachel, entrementes com Anna, esposa de Tom Watson, que é ex-marido da protagonista. Como citado, as duas últimas personagens, têm suas vidas entrelaçadas, enquanto logo no início da história, descobrimos que Megan também está presente na vida da família de Anna.
Talvez soe um pouco confuso, mas a narrativa da Paula é bem centrada no cotidiano das três mulheres, e assim não nos sentimos perdidos durante o livro.

Cada personagem possui suas peculiaridades, Rachel está em um claro estágio de depressão, além de possuir problemas com álcool. Por esse não ser o foco do livro, suas ações foram interpretadas de diversas formas pelos leitores de A garota no trem, e mesmo sendo contra muitas das coisas que a protagonista fez, considero que em alguns momentos, era esse lado da depressão e até do álcool, falando mais alto. O que, repito, não faz com que eu concorde com algumas escolhas erradas que Rachel fez ao longo da investigação a qual foi submetida.
Mas acabei me tornando uma pessoa triste, e a tristeza cansa depois de um tempo, tanto para quem está triste como para todo mundo em volta.

A trama toda é bem envolvente e o thriller cumpre o que promete ao te deixar extremamente intrigado por quase todo o livro. Não tive uma grande conexão com o enredo, e por isso demorei bem mais que o normal para termina-lo, mas não considero que tenha sido um livro ruim.
Como cheguei a esse ponto? Fico me perguntando quando foi o início da minha decadência; me pergunto em que momento eu poderia tê-la interrompido. Onde foi que peguei o caminho errado?

A garota no trem é um bom thriller psicológico, com um enredo envolvente que atiça sua curiosidade. Ao longo da história fui criando teorias sobre os acontecimentos e me aproximei muito do resultado final, o que tirou um pouco da surpresa. Continuo, no entanto, recomendo a leitura. Gostei de como a Paula guiou a história de Rachel de tal forma que, por vezes, sentíamos bem suas angústias e medos. Ouvi e vi várias críticas negativas sobre esse livro (concordo em partes com algumas), e espero que quem não leu ainda, possa ler e vir comentar comigo, para trocarmos opiniões. Assim como os que já leram ;)

Avaliação: ★★★★


Livro no skoob.


Kisoj e até a próxima!
Aline :D






Esse livro foi uma escolha para o projeto de Leitura Coletiva, organizado pelo Instagram literário Olhar Literário.

4 comentários:

  1. Oi Aline, eu reparei que você ler muito pelo kombo, vc não gosta muito de livros físicos não?
    Uma coisa que me impossibilita muito, as vezes, é que tem muitos ebooks mais caros do que livros físicos acho um absurdo.

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  2. Gosto sim, prefiro físicos, inclusive. Mas sou aquela pessoa que aproveita promoções até quando se trata de ebooks! Mas sim, as vezes eles são mais caros que livros físicos, o que também me deixa meio chocada haha

    Beeijo, e obrigada pela visita! <3

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  3. Aahh com certeza, promoção é promoção hehehe \o/

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